domingo, 6 de janeiro de 2008

BELINHA



Hoje queria falar da Belinha, o menor neném do acampamento. Nasceu enquanto estávamos ali, é a filha mais nova de Gringa, mãe de Madalena, querida adolescente companheira das feiras. O marido de Gringa é Wilson, irmão de Nega, de Meire, de Salete, todos sobrinhos do velho Francisco.
Foi a Renilde, tia de todos, que costurou esse chapeuzinho pra Belinha.
Criar um recém-nascido no acampamento é mais complicado do que dar conta das crianças já maiores um pouco, mas as mães ciganas sabem da lida e de como fazer. Era muito forte observar uma mãe e tantos filhos e os filhos já ajudando a criar os irmãos, como em todas as famílias grandes.
Os olhos dessa cigana apelidada de Gringa eram de um verde mel inesquecível, uma bela cigana. E Madalena tem seus olhos. E Belinha também já parecia ter.
Quem carrega Belinha no colo é Nega, melhor amiga de Laura e primeira cigana a chegar perto de nós, na noitinha caindo, perto do fogo, na hora de fazer o café e espantar a tristeza que vem com a noite. O fogo espanta, o café e a conversa fazem a amizade, a boa vida dos bons encontros.
Nesse começo de 2008, grande saudade bate aqui.
Bem perto da gente, todos os dias, crepitam as fogueiras da Família Ferraz...

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